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Formação além do diploma - ensino para a vida!

Confira entrevista com o professor Antoniassi

por Weslley Raphael
14/02/2019 - 17h14

Para o coordenador do Curso de Psicologia da Faculdade Patos de Minas e responsável pelo Departamento Pedagógico da Faculdade Patos de Minas, Profº. Junior Antoniassi, a educação superior não se limita apenas à obtenção do diploma. Trata-se de um amplo caminho a ser percorrido dentro e fora do ambiente universitário, conferindo aos estudantes a oportunidade de se aprimorarem como pessoas e profissionais.

O psicólogo, professor, pesquisador, especialista em Ensino Superior, Mestre e Doutorando em Promoção da Saúde Profº. Antoniassi, há 11 anos está na gestão do Curso de Psicologia da FPM, e há quatro atua também na sistematização do Departamento Pedagógico da FPM trabalhando diretamente com o Coordenador Acadêmico Profº. Fredston Coimbra e com a Direção da Faculdade. O estimado professor foi entrevistado pela Liga Acadêmica de Psicologia para falar sobre a formação profissional e os desafios para se chegar ao ensino superior. O Profº. Antoniassi expôs que o momento atual é de renovação e inovação e destacou que a FPM, através da sua mantenedora, e a Direção têm buscado olhar para os alunos de maneira holística atentando-se para aspectos que constituem o ser humano. Destacou a formação do ensino de Psicologia da Faculdade Patos de Minas, ressaltando não haver na região um curso com tamanho dinamismo e flexibilidade profissional.

Professor, o senhor está na gestão do curso de Psicologia da FPM há mais de 10 anos. O que isso representa de fato?

O tempo em que estou na permanência da gestão do curso de Psicologia da FPM representa, antes de tudo, compromisso, respeito e valorização. Me sinto muito honrado em gerir este curso por este tempo. Quando falo nestes três pontos que para mim são os pilares da sustentabilidade do curso, digo no sentido mais representativo e forte que possa significar. Vejam, o compromisso não é somente do Antoniassi, mas da mantenedora e da Direção da Faculdade para comigo e para com os alunos.  Partilhamos da certeza de que o aluno, ao entrar na FPM, se deparará com profissionais que o acolherão, que estarão junto dele ao longo de 5 anos e que, no final, irão lhe abraçar e disponibilizá-lo no mercado. Isso não é somente na Psicologia, mas em todos os cursos da Faculdade. Esses três pontos se estendem a todos os nossos alunos, veteranos e ingressantes, pois é assim que nós os vemos e é assim que tentamos promover uma educação para vida.

O que seria esta educação para vida, professor? De forma isso é relevante para os alunos?

A educação para vida é não se limitar o ensino superior apenas na visibilidade promocional do comércio/mercado, ou seja, é promover no íntimo do aluno o que mais importante e valioso ele (o estudante) possui, que é o desejo de ‘ser alguém’. O que quero dizer, é que o ensino não pode ser somente aquele que se restringe ao longo do caminho no que os livros apresentam escritos, ou no cumprimento apenas da diretriz curricular do curso. É empoderar o aluno a sentir-se um profissional desde o início da graduação e consolidar nele a autonomia acadêmica, a criatividade, a confiança e o respeito às pessoas. Para mim, o bom profissional é aquele que percebe um sentido no que aprende para sua vida dele, nos âmbitos profissional e pessoal.

Como então o curso de Psicologia da FPM e a própria FPM têm realizado estas ações?

Veja bem, foi um longo caminho percorrido para encontrarmos este NOSSO JEITO. Na verdade, existem alguns segmentos que nos copiam e até parece que eles esperam a gente fazer para depois fazer. Contudo, isso não é o importante. Então, os três pilares que citei no inicio de nossa conversa (compromisso, respeito e valorização) são a base de nossas propostas de trabalho, estimuladas em constantes diálogos abertos com a Direção da Faculdade. Em termos institucionais referentes ao próprio curso de Psicologia e os demais, temos mais de 300 instituições conveniadas com a FPM. Isso se revela em atendimentos exclusivos, nos quais estas instituições, através do nosso companheiro Jonas Junior, nos procura e solicita algo que possa agregar, ao passo que nós da FPM dirigimos nossos alunos e professores para atender a demanda. Te dou um exemplo: a Polícia Rodoviária Federal PRF, no ano passado, solicitou uma intervenção junto a equipe por meio do Laboratório de Psicologia do Trânsito, tendo sido realizado um trabalho de grande importância no setor. Do mesmo modo, as Escolas da rede pública de ensino sempre nos convidam a participar de encontros que possam promover a valorização da categoria docente, que com todo respeito, tem sido esquecida. Um outro exemplo de como a Psicologia e a FPM tem praticado a educação para vida, é o Projeto Interdisciplinar – o conhecido MIP por vocês da Psicologia. Veja o quanto é interessante; neste projeto, nossos alunos são motivados a desenvolver ações sociais, inovadoras e de pesquisa, ao qual eles escolhem o que fazer, como fazer e onde fazer, conduzindo todo o trabalho por conta própria, daí você me pergunta: Como? Simples, a gente acredita nas pessoas e é preciso que o estudante tenha internalizado o respeito e compromisso ético profissional. Para isso, ele precisa ser autônomo. O MIP é isso, desenvolver a autonomia, desenvolver competência profissional e educar para vida, ou seja, dar sentido que aquilo que se faz dentro e fora da faculdade. O interessante disso é que, no ano passado, ao participar de uma roda de conversa com coordenadores de cursos de todo o Brasil no Congresso Brasileiro de Psicologia, relatamos esta experiência e fomos aplaudidos (no sentido figurado), pois os demais colegas colocavam como dificuldade este estímulo ao aluno (o desenvolvimento da autonomia). É preciso que fique claro que, o ato dos alunos pensarem, planejarem e executarem sozinhos a atividade não implica em não terem apoio ou ensinamentos. Pelo contrário, estão em vigia, mas estão libertos. É como um pai quando o filho está começando a andar e ele coloca a fralda na cintura, fica atrás e da suporte e sustentabilidade para o bebê dar os primeiros passos. É por aí que vamos fazendo.

A edição do “Abriu as portas para loucura na Universidade”, seria também um movimento de educar para vida?

Puxa, muito bem lembrado! Esta talvez seja uma das ações da Psicologia mais lindas e a que mais provoca nos alunos este sentido de educar para vida. Não somente para a Psicologia, mas para a faculdade como um todo, pois todos os cursos se envolvem nesta ação. O mês de maio (dia 18) é marcado pelo movimento da Luta antimanicomial, que por sinal estão querendo retroceder, mas... muitas são as comemorações e como somos uma instituição que dialoga, a Profª. Aline Fernandes propôs fazer um dia diferente na IES e aproximar os usuários do serviço de saúde mental da cidade aos acadêmicos. É isso que fazemos: nos abraçamos e ficamos durante todo o dia com diversas atividades no campus envolvendo pacientes, profissionais, professores, alunos e funcionários. Confesso que é a coisa mais linda do mundo!

Então o professor está falando que é possível encarar a educação para além de uma visão utilitarista, onde está vinculada à possibilidade de ascensão social?

Claro que sim! É isso que estamos fazendo e vou mais além: É possível fazer uma educação para todos, até porque estas coisas estão profundamente interligadas. Tanto que em uma entrevista do Eduardo Giannetti de 2016 me recordo que ele dizia:  “À medida que uma pessoa teve uma formação completa, uma boa alfabetização, aprendeu a estudar, a organizar um pensamento, a constituir um raciocínio lógico, está preparada tanto para uma vida mais plena, como para uma vida econômica mais produtiva e com um rendimento razoável.” Inclusive, ele comentou algo que me tocou profundamente, que me fez perceber o quanto eu, não somente como coordenador, mas que FPM estava no caminho certo, que foi: “Não se pode sacrificar demais, nem por um lado nem pelo outro.” Isso é muito forte e está entre nossos pilares educacionais. Quando nós todos trabalhamos com amor e compromisso, dedicando-nos diariamente, fazemos “do limão uma limonada”. Vocês da Liga sabe, a minha porta está sempre aberta, assim como a dos demais coordenadores de curso da FPM. Não há um aluno do curso de Psicologia que não tenha meu telefone. Não há um pai e/ou uma mãe que não conheça a IES. Vocês mesmos usam o termo “família”, e é assim mesmo, somos e agimos como uma grande família. O aluno não é um produto do capitalismo apenas mercadológico, mas sim um alguém que está aqui em busca de sonho, um sonho que não é somente seu e sim de sua família. Este pensamento de não sacrificar demais nem por um lado e nem por outro, não quer dizer que aqui tem facilidade. Há pessoas que tentam vender este rótulo sobre nós, mas isso é desconhecimento e só acredita quem desconhece. O que na verdade nós fazemos é ouvir as pessoas, ou seja, acolher nossos alunos e professores promovendo a educação por meio da autonomia e pelo respeito às diferenças e às necessidades de cada um. Eu, particularmente, e a própria FPM não acreditamos na imposição e no autoritarismo, mas sim na democracia e no diálogo. Dialogando sempre encontramos solução. Só somente não há solução para morte (risos), mesmo assim enquanto a tampa do caixão não se fecha, ainda há esperança do ente se levantar (risos). Vocês mesmos já ouviram eu falar este ditado várias vezes. Então, na verdade a gente busca o equilíbrio; e o equilíbrio só existe se houver diálogo e respeito. Veja, quando recebo alunos de transferência, meu coração se corta, pois frequentemente eles me dizem: “Meu coordenador é inacessível.”, “Meus professores não dão abertura”. Não posso afirmar se o que me dizem é uma verdade, mas ouvir isso de um aluno é dolorido demais, porque se ele está falando é o que sentiu na situação. Daí eu digo logo (risos): “Aqui não. Na FPM você tem acesso a todos os profissionais.” Quantas vezes ando pelo corredor e vejo um professor atendendo o aluno, mesmo que seja, para dizer “Oi! Agora não posso lhe atender, mas no intervalo me procura que conversamos.” Na verdade muitas são as experiências positivas. Podem, inclusive, olhar na minha rede social o que os egressos da Psicologia falam.

Professor, este investimento social seria também a possibilidade de se promover inclusão social ao acesso à educação superior?

Claro! Esta é uma das nossas responsabilidades sociais. Somos uma instituição creditada como de utilidade pública, de maneira que não recebemos recursos do governo (a não ser o FIES) e, mesmo assim, nos preocupamos com a inclusão social do ensino e com a facilidade de acesso à educação superior. Veja, nos fomos a instituição pioneira em Patos de Minas ao criar um financiamento acadêmico social (FAS), uma modalidade de pagamento diferenciado do ensino em que, por exemplo, você estuda por 5 anos (caso da Psicologia), mas paga em 10 anos. É o mesmo que comprar uma geladeira, que é importante para a casa, mas se a pessoa não tiver condições de pagar à vista, pode comprar parcelado de acordo com o seu orçamento. Isso que a FPM fez. Inclusive, é um financiamento sem juros, mas com condições diferenciadas de pagamento para auxiliar aquele que deseja estudar. Ademais, temos hoje um programa de relacionamento institucional através do “Nossa Bolsa”, que concede descontos proporcionais nas mensalidades ao longo do curso, bem como, temos convênios com empresas estendendo seus benefícios a terceiros. Gostaria de lembrar que somos uma das poucas instituições, se não a única da região, a firmar um convênio de bolsa para todos os funcionários do Estado de Minas Gerais e seus descendentes. Infelizmente, existe um movimento que insiste em denegrir a nossa imagem, o que revela a importância adquirida pela IES em Patos de Minas e região. Lhes direi assim como disse a uma mãe esta semana: “As pessoas nos julgam sem conhecer. Nos comparam com as paredes gigantes e as belezas externas que lhe são expostas. A casa pode ser de madeira, pau a pique ou de barro, mas o que de fato importa é se é quente, aconchegante e cheia de afeto, cheia de amor. Uma outra casa pode ser bela, feita de tijolo, de vidros, grande, abundante, cheia de cristais, mas ainda assim ser fria, gelada, sem afeto, sem carinho ou atenção.” Aqui nós valorizamos a afetividade, mas, infelizmente, muitas vezes o que enche os olhos é a segunda casa, bela por fora e fria por dentro. Por isso, quem conhece a FPM se apaixona, ama, e não quer sair (risos). Na verdade, somos uma instituição que se preocupa com o afeto e a família.

O senhor fala sempre em família, e coloca a família em quase todo seu discurso, por que?

Simples! Viemos da família, e todos nós queremos uma família. Família é aquele grupo de pessoas que ama, cuida, ampara, chama atenção, transmite valores e que ampara o filho quando cai, ajudando-o a levantar. Um pai não desampara um filho seu; uma mãe dá a vida pelo filho. É por isso sempre falo de família, porque é na família que esta o melhor colo, o melhor abraço e a FPM é assim, a Psicologia da FPM é assim. Vocês da Liga sabem, não há uma pergunta que fique sem resposta, mesmo que seja o “Não”, mas “ um não” acompanhado de justificativa, respeito e amor. É assim que se relaciona em família.

Professor Junior Antoniassi, gostaríamos de agradecer por sua entrevista e por seu precioso tempo disponibilizado a nós.

Eu que agradeço e desejo a vocês e todos os alunos da FPM um bom ano letivo. Convido aquele que ainda não nos conhece que venha até nós. Aquele que quer estudar em uma instituição diferenciada que nos procure. Estamos aqui de braços abertos prontos para oferecer o que de melhor há na formação profissional e desenvolvimento pessoal, dando todo o suporte necessário. Um forte abraço a todos.

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