Caso Madalena: Médica usa rede social para manifestar sobre acusações
Uma investigação do Ministério Público do Trabalho revelou a história de Madalena, uma doméstica explorada por uma famÃlia de Patos de Minas
07/01/2021 - 15h00
Post foi publicado no Instagram pessoal da médica
A médica que presta serviços à Prefeitura Municipal utilizou o Instagram para manifestar sua defesa sobre a acusação de que seus estudos acadêmicos teriam sido pagos com o dinheiro da pensão da Madalena Giordiano.
Uma investigação do Ministério Público do Trabalho revelou a história de Madalena, uma doméstica explorada por uma família de Patos de Minas. Ela não recebia salário, não tinha direitos, e vivia reclusa, sob a vigilância dos patrões até o fim de novembro, quando foi libertada por auditores fiscais do trabalho e pela Polícia Federal de um apartamento no centro.
A pensão recebida por Madalena Gordiano, mantida em condição análoga à escravidão por 38 anos em Minas Gerais, financiou curso de medicina e a vida da família acusada durante 17 anos, segundo informações prestadas por auditores fiscais do caso. Madalena tem uma renda de R$ 8,4 mil oriunda de um casamento com um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, mas jamais teve controle do dinheiro.
No texto, a médica diz que:
“Estou sendo vítima de um linchamento público de maneira covarde, mentirosa e meticulosamente sensacionalista para denegrir e espalhar as informações falsas e criminosas sobre mim, quando não há sequer uma investigação em curso que tenha conhecimento. Sou inocente, esposa e mãe de família, vítima de criminosos que usam a internet para esparramar fatos caluniosos contra mim. Estou tomando todas as medidas criminais e cíveis contra os agressores, já identificamos, e cujas provas existem aos montes, sobretudo em revelação ao cyber criminoso por trás do instagram [cita o nome da página], e aqueles que lá fazem comentários lastreados por injúrias, difamações e calúnia”.
Lembrando, que no dia 05 de janeiro a Prefeitura emitiu um comunicado, no qual relata que o vínculo da servidora com o município é por meio de contrato, o qual se encerra em fevereiro.
“Não vou tolerar nem passar a mão na cabeça de ninguém”, disse Luís Eduardo Falcão Ferreira.
Ele ainda ressaltou que, ao contrário do que chegou a ser citado, não é amigo pessoal do marido da servidora, apenas o conhece. Ainda segundo ele, mesmo que tivesse ligação próxima com a família, seu posicionamento não seria diferente.
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