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Patos de Minas sediará o 6º Simpósio Brasileiro de Geologia do Diamante

Para desenvolver um planejamento estratégico da Cadeia Produtiva do Diamante, um grupo com representantes de diversos segmentos reúne-se, mensalmente, em Patos de Minas

por Weslley Raphael
29/07/2014 - 09h22

Patos de Minas, em Minas Gerais, sediará no período de 03 a 07 de agosto, o 6º Simpósio Brasileiro de Geologia do Diamante e o 3rd South American Symposium Geology. O evento acontecerá no Teatro Municipal "Leão de Formosa", numa realização da Sociedade Brasileira de Geologia.

O evento é voltado para pesquisadores da área de Geologia do Diamante de universidades do Brasil, entidades governamentais, pesquisadores autônomos e de empresas mineradoras. O presidente do Simpósio, Mário Luiz de Sá Carneiro Chaves, informou que estão confirmadas as participações de autoridades internacionais reconhecidas como: o pesquisador russo Viktor Garanin (A.E. Fersman Mineralogical Museum, Russia); o americano Stephen Haggerty (mundialmente reconhecimento por estudos do manto terrestre e da origem do diamante) e de representantes do GIA (Gemological Institute of America), que é o maior laboratório do mundo de análises e pesquisas comerciais do diamante. "Teremos representantes de diversos países como Estados Unidos, Rússia, Canadá e Paraguai".

A abertura solene será às 20h, no dia 04/08, no entanto, no período da manhã, haverá conferências e homenagens especiais.  A programação completa do Simpósio pode ser acessada pelo site: www.simposiododiamante.com.br.

Identificação Histórica

Durante o Simpósio, haverá a comemoração pelos 300 anos de descobrimento do diamante no Brasil. Mário Chaves comentou que, ainda no início desta descoberta, a exploração do diamante foi o responsável pelo fomento na criação de cidades no Brasil e também, fonte de riquezas, mesmo sendo uma atividade pontual (que acontece em pequenas áreas do país), diferentemente da agricultura e pecuária que são atividades extensivas.

Ele observou ainda que o mundo ainda tem um grande potencial a ser explorado. Comentou que o diamante bruto movimenta cerca de US$ 14,8 bilhões. "Quando a pedra é manufaturada, este valor sobe para US$ 47,2 bilhões e, quando colocado em uma joia no varejo, atinge índices de US$ 72,1 bilhões", acrescentou. De acordo com ele, a extração, beneficiamento e comercialização do diamante é a principal economia de vários países como: Botsuana, Namíbia, Angola e Rússia (que possui a maior empresa produtora – Alrosa).

O Brasil já foi o primeiro produtor mundial de diamante em aluvião, durante 150 anos, sendo que nenhuma mina primária forneceu diamantes. "Somente agora, é que surge a primeira atividade em mina primária, com a descoberta da jazida de Braúnas, Bahia", comentou.

Novos momentos

Ao longo do tempo, a atividade sofreu mudanças no processo, através de técnicas sustentáveis, uso de equipamentos modernos e práticas de responsabilidade social. "As principais empresas que atuam no setor adotam estas boas práticas com relação ao ser humano e ao meio ambiente, em todo o seu processo", ressaltou. De acordo com ele, o Brasil tem um grande potencial a ser explorado e, tendo uma atividade regularizada, terá condições de movimentar a economia mundial.

Para desenvolver um planejamento estratégico da Cadeia Produtiva do Diamante, um grupo com representantes de diversos segmentos reúne-se, mensalmente, em Patos de Minas. O objetivo é defender os interesses do setor, difundir técnicas sustentáveis e boas práticas e buscar alternativas de investimento no setor produtivo. "Temos um grande potencial com relação à qualidade das pedras encontradas na nossa região e a união deste grupo permitirá que consigamos alcançar melhores resultados sociais e econômicos para o Brasil", enfatizou o geólogo Luis Alberto de Deus Borges, secretário do Simpósio.

Fórum de Kimberley

No dia 04/08, de 15h30min às 18h, haverá a reunião do Fórum Brasileiro do Certificado de Kimberley, ocasião em que representantes de países produtores associados discutirão normas para diamantes brutos. 

O Simpósio conta com o apoio do Instituto de Geociências da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), da Prefeitura de Patos de Minas, da CPRM – Serviço Geológico do Brasil e da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, e ainda com patrocínios de: Lipari, Geosol, Fiemg Regional Alto Paranaíba, Vendome Mines Pesquisas Ltda e Brasil Explore – Consultoria e Serviços em Exploração Mineral.

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Fonte: : Fiemg

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