Dr. Weslley Raphael - Patos de Minas

Situação do Rio da Prata preocupa a polícia militar de meio ambiente: É a pior situação da história

O trabalho da draga gera o desassoreamento do rio, porém essa não é uma assertiva porque o rio precisa também de areia, a areia faz parte do rio

por Weslley Raphael
23/09/2016 - 12h55

Há muitos anos atrás o Rio da Prata era uma referência para todos, um lugar escolhido para acampamentos, reuniões de família, lugar de muita diversão, um rio que tinha lugares rasos, mas também tinha aqueles lugares que eram de dar medo, devido a profundidade e a correnteza. Infelizmente hoje não é isso que está acontecendo, o tão famoso Rio da Prata está precisando da ajuda e apoio de todos, pois sua situação não é nada favorável.

Preocupados com a situação do rio, policiais do meio ambiente estão realizando um trabalho voltado para o Rio da Prata, talvez muitos não saibam, mas o Rio da Prata nasce no município de Patos de Minas, depois ele atravessa o município de Presidente Olegário, divide os municípios de Lagoa Grande e João Pinheiro até a sua foz do Rio Paracatu.

É um rio muito vistoso, um rio de qualidade e de peculiaridades, o peixe escolhe o período da piracema para subir e atingir as cabeceiras para que possam produzir devido a temperatura e qualidade da água e assim por diante “então resumindo, o Rio da Prata é um rio de curta extensão, porém muito expressivo, muito importante para nossa região atualmente. Talvez as pessoas não visualizaram a perda, porém é fato que o Rio da Prata sofre e já sofreu durante a história diversas influências, diversas ações humanas que acabou causando alguns danos e até mesmo irreversíveis a este manancial.

“Nós tivemos sérios problemas de exploração de suas margens, explorações essas que suprimiu vegetação e com isso ficou sem a proteção mata ciliar, essa proteção tão importante da vegetação das margens. Nós sabemos que o nome mata ciliar ele já vem de cílios que aquele que protege o olho, no caso do rio, a mata que protege o rio, por isso que chama mata ciliar, devido isso nós temos um problema de assoreamento, grande quantidade de areia no meio do rio e isso vai impactando. Temos diversos problemas nas nascentes, a gente vem trabalhando, mas ao longo dos anos o homem interferiu, vamos dizer que de forma errada, equivocada e hoje nós temos que estar lutando a cada dia para que agente possa consertar ou melhorar essa situação”. Tenente Vidal

A profundidade de hoje é muito pequena tem lugar que tem centímetros de água, em outros lugares já secaram. Quando nós temos uma visão horizontal do rio da impressão visual de que o Rio está bem, mas essa não é a verdade quando a gente adentra o rio, conseguimos perceber que esse rio só tem uma pequena lâmina de água, isso significa que o assoreamento está bem visível. Este ano nós temos um quadro bem mais complicado da história e isso preocupa muito, então a questão do volume de água está complicado no Rio da Prata, não só nele, porém ele está evidenciando isso.

A mineração é feita na extração de areia para fins comerciais, a mineração por si só é uma atividade importante ao meio ambiente, seja no leito do rio, seja da área de barra. A mineração é uma atividade passiva de licenciamento, quando ela é devidamente licenciada, pode fazer ser exercida, porém existem estudos feitos que este impacto ou qualquer impacto que você vá lá interferir o que é natural, ele não é benéfico.

O trabalho da draga gera o desassoreamento do rio, porém essa não é uma assertiva porque o rio precisa também de areia, a areia faz parte do rio.

“Temos que verificar alguns impactos que podem estar influenciando, esperamos que nosso Pai do céu possa contribuir nos dando a benção de chuva para que agente possa voltar o volume significante e cada um fazer a sua parte zelando cada um tendo consciência que é importante fazer algo para o rio”, finalizou Tenente Vidal.

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Fonte: : JP Agora (www.jpagora.com)

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