Os desdobramentos da Operação "Catira”, feita em conjunto com todas as polícias, continuam e mais um carro de luxo foi apreendido. O veículo foi levado para a Delegacia da Polícia Federal de Uberlândia, na manhã deste sábado (28), e pertencia à quadrilha especializada em roubo de cargas em rodovias.

O carro se trata de uma Lamborghini avaliada em mais de R$ 1 milhão. De acordo com o delegado Carlos Henrique Cotta D'Ângelo, membros da quadrilha tentaram esconder o carro, que foi apreendido no estado de São Paulo e trazido para o Triângulo Mineiro. “Crimes complexos demandam uma investigação complexa e, por isso, as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal se uniram para desarticular essa organização criminosa. Tentaram esconder alguns veículos, mas quando as polícias se unem, não há como se esconder”, disse.

Ainda nesta manhã, outros dois suspeitos foram presos em Goiás. Até agora 45 suspeitos foram presos e as investigações continuam para apreender outros materiais e localizar novos envolvidos. A operação conta com a participação de 300 policiais das quatro corporações.

Todos os detidos na operação serão encaminhados a Uberlândia. Os criminosos ficarão à disposição da Justiça e responderão por organização criminosa, roubo, cárcere privado, lavagem de dinheiro e recepção. As somas das condenações podem passar de 30 anos de prisão. Os suspeitos vão ser ouvidos na delegacia da Polícia Federal, posteriormente serão encaminhados para o Presídio Jacy de Assis.

Operação Catira desarticula uma das maiores quadrilhas do País
A Polícia Federal (PF) estima que os roubos de carga apurados durante a Operação Catira tenham gerado prejuízo de R$ 20 a R$ 30 milhões. A ação desarticulou uma das  maiores quadrilhas de roubo de cargas e receptação. Além de Minas Gerais, os suspeitos foram presos e em outros sete estados do Brasil e no Distrito Federal (DF). Somente no Triângulo Mineiro, foram 20 presos em Uberlândia e Uberaba.

Foram expedidos 51 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão. A operação, que ainda está em andamento, é feita pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-MG), coordenada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) em parceria com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Durante coletiva de imprensa na quinta-feira (26), o delegado e coordenador da ação, Caio Porto Ferreira, informou que a maioria dos crimes acontecia na região do Triângulo Mineiro, onde se encontrava grande parte da organização. "Frequentemente essa organização viajava para outros estados para diversificar as atividades. Numa ocasião viajaram para a Bahia com o intuito de roubar café e para o interior de São Paulo para buscar produtos químicos. Tudo dependia do núcleo financeiro e do encomendador dessa carga", contou.

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